Os refrigerantes, chocolates, chicletes, geléias e outros produtos adoçados artificialmente - alguns conhecidos como sugar free -
representam um grande perigo para a população. Os edulcorantes são medicamentos e só deveriam ser utilizados com moderação
pelos diabéticos, que podem optar por um adoçante natural, a planta stévia, na forma de chá concentrado ou em pó, industrializada.
Porém, é preciso certificar-se de sua pureza e integridade através das indicações do rótulo, pois muitos adoçantes à base de stévia,
vendidos no mercado, contêm também adoçantes artificiais.
Alerta-se que mesmo essa planta deve ser usada sob prescrição dietética".
Antes de falarmos nos adoçantes artificiais e naturais, vamos ver o que de mais comum utilizamos para adoçar aquele cafezinho ou
fazer o bolo da tarde.
O açúcar branco é um grande vilão da saúde! É totalmente refinado e obtido principalmente da cana-de-açúcar. No processo de
refinamento há remoção completa de todos os nutrientes contidos na cana, sendo assim, ele é rapidamente digerido, absorvido
provocando um rápido aumento dos níveis de glicose e alta deposição de gordura nas células.
Sonolência após refeição pode ser hiperglicemia.
A primeira sensação com o consumo de açúcar é aumento da energia e bem-estar, mas da mesma forma que o aumento da glicose
é rápido a queda se dá da mesma maneira. Os sintomas de hipoglicemia podem ocorrer de 1,5 horas até 2 horas depois do consumo
de açúcar e envolve:
queda dos níveis de energia, fraqueza, falta de concentração, depressão, ansiedade, irritabilidade, sudorese, dores de cabeça e tremor nas mãos.
A hipoglicemia também estimula novamente a fome, característica comum daqueles que consomem muito açúcar e carboidratos, a
fome precoce logo depois de terem comido.
Alem da carência de nutriente, para o açúcar ser metabolizado, ele rouba do organismo cromo, selênio, magnésio e zinco
envolvidos em múltiplas reações orgânicas como o controle sobre a própria vontade de carboidratos, favorece cãimbras, osteoporose,
cólicas menstruais e redução da imunidade. Aliás, o açúcar hoje é um grande depressor do sistema imunológico e não deve ser consumido
por aqueles que já tem redução da imunidade: indivíduos com herpes de repetição, problemas de cândida, HIV, infecções recorrentes de
garganta, ouvido, etc.
Açúcar mascavo e mel favorecem ganho de peso.
Açúcar mascavo e mel: são mais saudáveis do ponto de vista nutricional por conterem mais nutrientes, mas também provocam as oscilações
desagradáveis na glicose que o açúcar branco provoca e como já foi dito, favorecem o ganho de peso.
Os adoçantes dietéticos, também chamados de edulcorantes, são substâncias que apresentam um poder adoçante muito superior ao da
sacarose (açúcar refinado) e, por isso, eles são utilizados em quantidades bem menores se comparado ao açúcar de mesa.
Os edulcorantes possuem duas classificações:
Temos os adoçantes naturais que são: frutose, sorbitol, manitol e esteovídeo e
os artificiais: aspartame, ciclamato, sacarina, acessulfame-K, sucralose.
Adoçantes naturais
Frutose
Extraída das frutas e mel. É mais doce do que a sacarose (açúcar refinado) 173 vezes. Apresenta 4 Kcal/g e provoca cáries.
As pessoas diabéticas devem utilizá-los com moderação.
Sorbitol
Encontrado na natureza em frutas e alga marinhas. Apresenta poder adoçante 50% menor do que a sacarose. Possui 4 Kcal/g.
As pessoas com diabetes não podem utilizá-lo.
É estável ao calor.
Em combinação com outros adoçantes (sorbitol, acessulfame-K, aspartame, ciclamato sacarina ou esteovídeo)
é empregado na fabricação de biscoitos, chocolates, goma de mascar e refrigerantes.
Polióis ou açúcar alcoólico(maltitol, sorbitol, manitol, eritritol, xilitol
São 60% tão doces quanto a sacarose (açúcar). São pouco absorvidos e nao causam aumentos súbitos nas taxas de açúcar do sangue,
por isso podem ser usados com moderação por diabéticos.
Os açúcares alcoólicos são encontrados em muitos alimentos industrializados sem açúcar, como doces, biscoitos, gomas de mascar,
refrigerantes, pastilhas para a garganta, pastas de dente e antissépticos bucais.
Confira os rótulos dos produtos.
Atenção, pois uma única ingestão de 10 a 30g ou uma ingestão diária de mais de 40 a 80g de algum desses açucares podem provocar efeito laxativo.
Isso ocorre porque os altos níveis de açúcar alcoólico que não são absorvidos pelo intestino, podem causar inchaço, gases e diarreia.
Esteviosídeo - stévia
O seu poder adoçante pode ser 300 vezes superior à sacarose. Não contêm calorias.
Extraído da planta stevia rebaudiana, planta nativa da América do Sul.
Uma vez que a stevia é uma planta ela contém outras propriedades que complementam o seu poder adoçante.
Estudos apontam o seu poder em suprimir o crescimento bacteriano nos dentes, regula a pressão arterial, tem poder diurético e
de regular os níveis de açúcar no sangue.
Não houveram ainda efeitos colaterais associados, por isso deve sempre que possível ser o edulcorante de escolha.
O seu sabor doce não é afetado pelo aquecimento então pode ser utilizada em chás e outras bebidas, além do
preparo de sobremesas em substituição ao açúcar.
Existem diferentes marcas de estevia no mercado, cada uma com um sabor diferente.
Alguns produtos oferecem a stevia associado a outros adoçantes (ex: ciclamato e sacarina)
enquanto outros oferecem a stevia pura.
Artificiais ou sintéticos
Aspartame, ciclamato, sacarina, acessulfame-K, sucralose
Aspartame
É o pior deles e o que está mais relacionado a efeitos colaterais indesejáveis.
O aspartame é composto de ácido aspártico, fenilalanina, dois aminoácidos naturalmente encontrado nos alimentos.
É de longe o edulcorante mais polêmico, e já se tem conhecimento de 92 efeitos colaterais associados ao consumo do aspartame,
que podem iniciar gradualmente, podem ser imediatos, ou podem ocorrer a partir de uma reação aguda.
Embora não se conheça todos os efeitos que o aspartame pode provocar a longo prazo, algumas pessoas são sensíveis ao
aspartame e tem reações. Dor de cabeça é o principal efeito adverso atribuido ao consume de aspartame.
Também vem sendo associado a ataques de pânico, alterações de humor, episódios de mania e alucinações visuais.
Apresenta poder adoçante 220 vezes maior do que a sacarose e não deixa sabor residual. Seu valor calórico é de 4 Kcal/g
Mas, graças ao seu alto poder adoçante, usa-se pequenas quantidades para se chegar à doçura desejada.
Não é estável em altas temperaturas.
Sabidamente, devido aos efeitos estudados dos seus componentes o aspartame pode provocar:
· Reações alérgicas alimentares
· Dores de cabeça, enxaquecas
· Náusea
· Diabetes (o aspartame em indivíduos diabéticos pode favorecer as complicaces como neuropatia, retinopatia, catarata e pode
provocar mal controle glicêmico em quem faz tratamento)
· Espasmos musculares
· Depressão
· Ganho de peso
· Perda de audição
· Irritabilidade
· Taquicardia
· Convulsão e epilepsia
· Alterações endócrinas como aumento de cortisol e prolactina.
· Dores articulares
· Doenças autoimunes
· Degeneração cerebral – envelhecimento (perda de memória).
· Algumas desordens também podem ser disparadas ou pioradas com seu uso crônico como doenças degenerativas:
(Parkinson, Alzheimer, retardo mental), fibromialgia, diabetes, tumores cerebrais, esclerose múltipla e lúpus.
Além disso, é totalmente contraindicado na gestação (recomendação para todos os adoçantes artificiais, pode ser utilizado à base
de stévia ou sucralose). O aspartame é principalmente tóxico se pensarmos na sua exposição durante a gestação, pois o cérebro da
criança em formação consegue captar 5x mais esse adoçante do que nos adultos e podem ter lesões no sistema nervoso.
Embora muito disponíveis em produtos industrializados os edulcorantes artificiais devem ser desencorajados. Isso não se refere à
quantidade propriamente consumida estar ultrapassando os limites estabelecidos, pelo contrário,
todos os adoçantes artificiais como o aspartame, ciclamato e sacarina tem seus limites diários regulamentados pela ANVISA
e dificilmente a gente atinge esses níveis através do consumo diário.
Não se trata disso, estamos falando de substâncias sintéticas que não se conhece, ou em muitos casos, já se conhece efeitos
deletérios relacionados inclusive ao ganho de peso.
Não significa que se eu não atingir a quantidade máxima regulamentada para um adoçante, que seu uso seja seguro para mim.
Cada pessoa tem um nível de tolerância a uma determinada substância e pode sofrer as consequências dela mais precocemente.
Não é à toa que desde 2008 a ANVISA publicou uma resolução para limitar a quantidade de ciclamato e sacarina nos produtos
industrializados (praticamente caiu à metade a quantidade que pode ser adicionada aos produtos).
Ambas as substâncias já foram banidas do Canadá e EUA desde a década de 70. Tudo partiu de estudos em animais
(camundongos) mostrando maior risco de desenvolvimento de tumor de bexiga.
O ciclamato e sacarina também por conterem altos níveis de sódio são contraiindicados pela OMS para indivíduos hipertensos e
com problemas renais.
Dentre os adoçantes artificiais, temos ainda
Ciclamato
Seu poder adoçante é 50 vezes superior ao da sacarose.
Entre as suas características estão a presença de sabor residual e a sua estabilidade em altas temperaturas. Não apresenta calorias.
Sacarina
Apresenta poder adoçante 200 vezes superior ao da sacarose podendo deixar sabor residual. Possui alta estabilidade em temperaturas
elevadas. Devido à sua estabilidade, a sacarina é utilizada em vários alimentos, na indústria de cosméticos e de medicamentos.
Não apresenta calorias. Na década de 80 foi associada a um maior risco de câncer de bexiga, a partir de estudos com ratos e o seu uso foi limitado.
Atenção: Indivíduos com alergia a sulfa também devem evitar consumir alimentos contendo sacarina, pois a molécula de sacarina é um
derivado da sulfa.
Acessulfame-K (acessulfame potássio)
Feito do vinagre, não é digerido pelo organismo humano. É estável em altas temperaturas.
Seu poder adoçante varia de 180 a 200 vezes superior ao da sacarose.
Seu uso pode ser muito variado e é utilizado nas indústrias de panificação, confeitos, bebidas e produtos lácteos.
Não apresenta calorias.
Sucralose
Ela é 600 vezes mais doce do que a sacarose. É feita da sacarose, com a adição de moléculas de cloro.
É altamente estável em temperaturas elevadas podendo ser usada em produtos esterelizados, UHT, pasteurizados e assados.
Além disso, pode ser utilizada em gelatinas e pudim em pó, sucos, compotas de frutas e adoçantes de mesa.
Não apresenta calorias. Não é digerida pelo organismo
Tagatose
É extraida do soro do leite. A tagatose é um novo adoçante artificil produzido através da lactose, o açúcar do leite.
A lactose é quebrada em glicose e galactose, a partir daí há uma modificação na molécula de galactose e ela adquire uma nova
conformação se transformando em D-tagatose.
Ela é 92% tão doce quanto o açúcar, mas não oferece impacto na glicose ou nos níveis de insulina, visto que não é digerida, passando
intacta pelo organismo sem ser absorvida.
Alguns estudos apontam que ela inclusive consegue impedir a absorção de outros açúcares como a glicose, o que é interessante, sobretudo
para indivíduos diabéticos.
É o adoçante mais parecido com o açúcar em volume e sabor e pode ser misturada a outros adoçantes para melhorar a sua
textura e sabor.
O *FDA americano já considera o produto seguro para uso humano, permitindo a sua adição em alimentos, bebidas, cosméticos, pasta de
dentes, assim como em medicamentos.
Não deve ser consumida em excesso, para evitar distúrbios gastrintestinais como diarreia, náuseas e excesso de
produção de gases.
Então qual é a recomendação quando falamos de adoçante?
A recomendação é procurar usar a stevia (o edulcorante mais natural), inclusive os diabéticos ou rodiziar os tipos de adoçante,
para não haver o excesso de consumo de nenhum deles.
O consumo de muitos alimentos contendo adoçantes artificiais deve ser desencorajado, pois não contem valor nutricional,
“engana”o organismo que pensa que está comendo algo doce e possuem moléculas com efeito tóxico, sobretudo se forem
adoçantes artificiais.
E com relação à quantidade de consumo, deve-se sempre procurar usar o mínimo possível.
O ideal é até 1 a 2x ao dia, no máximo e procurar não fazer todos os dias.
A questão não é o malefício de 2 a 3 gotas num café está contraindicando o consumo de adoçantes várias vezes ao dia:
aquela pessoa que consome o suco e café com adoçante, faz gelatina dietética, toma mate diet, refrigerante diet, faz sobremesas
com adoçantes, enfim... daquela pessoa que se entorpece o dia todo.
Os valores máximos permitidos para o consumo de adoçantes artificiais de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS):
Acessulfame K = 15 mg/Kg peso corporal
Aspartame = 40 mg/Kg peso corporal
Ciclamato = 11 mg/Kg peso corporal
Sucralose = 15 mg/Kg peso corporal
Sacarina = 5 mg/Kg peso corporal
Estévia = 5,5 mg/Kg peso corporal
Xylitol, manitol, sorbitol = 15 mg/Kg peso corporal
Segundo o médico oncologista Dr. Juvenal Antunes Oliveira Filho, apesar de possuir um poder de adoçamento muito maior que o açúcar de
cana comum, aliado a baixíssimas calorias, o uso constante de adoçantes artificiais pode criar problemas para o organismo, incluindo o
aparecimento e agravamento de tumores em vários órgãos.
Os ciclamatos foram proibidos nos EUA, mas continuam sendo vendidos livremente no Brasil.
Nos anos 70 o Ministério da Saúde brasileiro proibiu a comercialização da sacarina, quando pesquisadores norte-americanos alardearam
que esse adoçante poderia provocar câncer da bexiga em ratos. O câncer de bexiga é o segundo de maior incidência dos órgãos urogenitais
no público masculino, perdendo apenas para o de próstata e representando 3% do total de tumores no Brasil.
Órgãos oficiais prevêem aumento de 50% dos casos no mundo até 2020.
Segundo o médico,o aspartame pode estar relacionado com o desenvolvimento da doença de Alzheimer e de tumores cerebrais, cuja
incidência tem crescido significativamente, embora não exista prova concreta dessa relação em ambas as doenças (Oncocamp, 2004).
Leaderer (1991) desenvolveu estudos que mostram que o ciclamato, o aspartame e a sacarina usados em produtos light causam
câncer de bexiga em cobaias.
Pesquisadores alertam que níveis baixos de aspartame desequilibram a função das glândulas pituitárias de camundongos.
O bom funcionamento desta glândula garante o equilíbrio de inúmeros processos bioquímicos no organismo (Schainker; Olney, 1974).
Alguns pesquisadores alertam para o fato de que o uso do aspartame (com ação neurotóxica), pode estar relacionado a doenças sérias
como o mal de Alzheimer, esclerose múltipla, doença de Parkinson e lúpus sistêmico.
Também disfuções como tontura, dores musculares, pressão alta, hemorragia de retina e depressão são associadas ao uso contínuo de
adoçantes artificiais na dieta através de refrigerantes, de sucos de frutas, chocolates, balas, chicletes e produtos light em geral.
Com a expansão das dietas de redução calórica e com o crescimento da produção em larga escala de produtos diet e light, o uso de
edulcorantes tem aumentando muito nos últimos anos. Essa tendência mais a correlação entre o câncer e os adoçantes, fez com que a
Organização Mundial de Saúde recomendasse a ingestão diária do ciclamato em valores localizados entre
0,1 a 11 mg de adoçante por kg de peso corporal como aceitável,
evitando intoxicações e maiores riscos à saúde (Fallon; Enig, 1999).
sandrinne2@gmail.com
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"A verdadeira felicidade é impossível sem verdadeira saúde, e a verdadeira saúde é impossível sem um rigoroso controle da gula".
Mahatma Gandhi
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